Maratona 007

Olá, cinéfilos! Bom, eu sou louca pela série 007 todinha, então resolvi indicar aqui no blog. Como a série é grande, vou indicar apenas meus 3 preferidos.
Começando pelo início, é claro!
"007 contra o satânico Dr. No", com Sean Connery como James Bond. Dr. No foi o primeiro filme da série, e foi produzido com o orçamento ridículo de 1 milhão de dólares. Na década de 60, ninguém acreditava que aquele simplório filme de espionagem com um ator - até então - meia boca, viraria uma febre mundial, a bondmania. 

Da década de 60, eu pulo pra 1997. "007 - O amanhã nunca morre", outros tempos, outro Bond. Nesse filme, Bond é interpretado por Pierce Brosnan pela segunda vez (Meu Bond preferido até hoje). Na história, Bond, com a ajuda da agente especial chinesa Wai Lin, descobre que o magnata da mídia, Elliot Carver, manipula as notícias com seu império das comunicações jogando potências internacionais umas contra as outras para formar a Terceira Guerra Mundial.

E, por último, mas não menos importante: 007 - Cassino Royale, de 2006, com o delicioso inglês Daniel Craig como Bond. Obviamente, pela época em que foi feito, é a linha de Bondfilms mais moderna, mais arrojada em termos de tecnologia. Mas nem por isso o filme perdeu seu charme. Casino Royale se passa no início da carreira de Bond como o Agente 007, quando ele acaba de ganhar sua licença para matar. Depois de impedir um ataque terrorista no Aeroporto Internacional de Miami, Bond se apaixona por Vesper Lynd, uma agente do tesouro enviada para fornecer o dinheiro que ele precisa para frustrar os planos de Le Chiffre, ganhando dele em um jogo de poquer de alto risco.

Brokeback Mountain (O Segredo de Brokeback Mountain), de Ang Lee

Olá, cinéfilos. A dica de hoje, vem junto com um pedido. Eu peço à vocês que deixem o preconceito de lado, e se encantem com Brokeback Mountain como eu me encantei. Porque, sinceramente, é muito mais profundo e muito mais honesto do que muito romancinho hetero que eu tenho visto por aí.

Brokeback Mountain narra a história de Jack Twist (Jake Gyllenhaal) e Ennis del Mar (Heath Ledger), dois jovens vaqueiros que se conhecem e se apaixonam em 1963, enquanto trabalham juntos em um serviço de pastoreamento de ovelhas na fictícia montanha de Brokeback, no Wyoming. O filme documenta o complexo relacionamento emocional, sexual e romântico que eles passam a ter no curso de dezoito anos.
Se hoje em dia a vida é difícil para os gays, imagine na década de 60! O final não é nenhuma surpresa, nesse mundo injusto em que vivemos. Mas eu indico O Segredo de Brokeback Mountain, realmente vale a pena. Nos faz perceber como o amor aparece do nada, como o amor não escolhe raça, gênero; ele apenas nos escolhe, e não há como fugir.
Mas ó...Sem preconceitos, ok? É um romance dramático como qualquer outro; porque antes de sermos "masculino" e "feminino", somos humanos. Bom filme!

50 First dates (Como se fosse a primeira vez), Peter Segal

 (Post especial do dia dos namorados, atrasado mas tudo bem)

Olá, cinéfilos! O post de hoje não foi escrito por mim, mas por uma pessoa muito especial (conhecido no submundo do crime como Kleber Almeida). Vale a pena conferir!

"Comedia romântica, dirigida por Peter Segal , que também dirigiu Professor Aloprado II e Agente 86 .

O filme conta a história de um veterinário conhecido como um grande paquerador das turistas que visitam a ilha. Mas o destino colocou na vida dele Lucy Withmore (Drew Barrymore), por quem ele se perdidamente se apaixona.

Entretanto, Lucy tem um problema, ela é incapaz de lembrar-se das coisas que acontecem no curto prazo devido a um acidente automobilístico. Ao adormecer, o dia que passou para ela é perdido da memória. Lucy, contava com o apoio da família que, a todo custo, preservavam dela a dor do acidente.

Com isso, Henry (Adam Sandler) é obrigado a reconquistá-la a cada dia, para poder ficar ao seu lado.

Com um ótimo equilíbrio entre comédia e romance, o filme é capaz de facilmente emocionar durante as reviravoltas nas vidas dos protagonistas. A mensagem de que vale a pena lutar por quem você ama fica clara neste filme, mas de forma muito intensa,  com cenas tristes, incomuns para filmes do gênero. O que torna este filme um diferencial  neste gênero.

Recomendado para assistir a 2 !

Apesar da primeira idéia de locação do filme ser na cidade de Seattle, ela  foi mudada do roteiro original para o Havaí o que deu ao filme um algo a mais, com os cenários únicos desta ilha.

Destaque também para a trilha sonora baseada em regravações de músicas dos anos 80 como Drive, Every breath you take, Lips like sugar e muito mais."

Juno, de Jason Reitman.

E aí, pessoal? Todo mundo vivo? Espero que sim.
A dica de filme hoje é "Juno", que na minha humilde opinião, é um dos filmes mais originais que eu já assisti. (E não é só na minha opinião, já que a roteirista iniciante Diablo Cody ganhou Oscar de melhor roteiro original).
A história parece simples e batida, mas é aí que tá. Não é que nem aqueles filmes purpurinados hollywoodianos em que a adolescentezinha engravida, e luta com todas as suas forças para criar a criança. Não. Juno é bem mais realista. O objetivo de vida de uma garota de 16 anos, no mundo real, não é exatamente criar um filho. Isso, definitivamente, não estava nos planos de Juno McGuff, que de repente descobre que está grávida do seu melhor amigo Bleeker. Ela então decide dar o bebê para adoção, e o resto...Vocês assistem e vêem por si mesmos.
Além do filme ser ótimo, a trilha sonora ainda é uma delícia. Super indico!

Big Fish (Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas), de Tim Burton

 Olá, amiguinhos(as) cinéfilos! :D

A dica de filme de hoje é Peixe Grande, com Ewan McGregor, Albert Finney, Billy Crudup, Marion Cotillard, Jessica Lange, Helena Bonham Carter e Alison Lohman.

Ed Bloom é um grande contador de histórias. Quando jovem, Ed saiu de sua pequena cidade-natal,Ashton no Alabama, para realizar uma volta ao mundo. A diversão predileta de Ed, já velho, é contar sobre as aventuras que viveu neste período, mesclando realidade com fantasia. As histórias fascinam todos que as ouvem, com exceção de Will, filho de Ed. Até que Sandra, mãe de Will, tenta aproximar pai e filho, o que faz com que Ed enfim tenha que separar a ficção da realidade de suas histórias. 

A direção é de Tim Burton, o que quer dizer que tem aquele toque "burton" em cada cena bizarra, exótica, e ironicamente engraçada.

Esse filme nos mostra que o verdadeiro imortal, é o que vive para sempre na memória dos outros, através de suas histórias.

"Um homem conta suas histórias tantas vezes que ele se mistura a elas e elas sobrevivem a ele, e é desse jeito que ele se torna imortal."

Trailer:

http://www.youtube.com/watch?v=E0M6WNm8LHg

Finding Nemo (Procurando Nemo), Disney e Pixar

Oi, pessoal. Não estranhem, a dica de hoje é sim um filme infantil. Um desenho da Disney.
Todo mundo que me conhece sabe que sou louca por desenhos, e eu achei que esse em especial, valia a pena indicar.
Procurando Nemo não é só um desenho qualquer. Se trata de até onde um pai iria à procura de seu filho (daí o título). De não desistir de nada em sua vida ("Continue a nadar!") e consequentemente superar os obstáculos que aparecerem em seu caminho, e ainda, à não duvidar da capacidade do seu filho. ("Você acha que pode fazer essas coisas, mas não pode Nemo!"). E o Nemo se mostrou bastante corajoso no final, fazendo com que seu pai enchergasse que ele era sim capaz de realizar coisas grandiosas.
Eu indico para assistir com a sua família, com alguém que você ame, ou até sozinho mesmo. Vale super a pena.

                                                          Trailer:

http://www.youtube.com/watch?v=azNmKae-a5g

Ferris Bueller's Day Off (Curtindo a Vida Adoidado), de John Hughes

Olá, pessoal! Todo mundo bem? Espero que sim. O post de hoje também é à pedidos, e é sobre Curtindo a Vida Adoidado, de 1986, estrelando Matthew Broderick.

Basicamente, o filme conta a história de Ferris, sua namorada e seu melhor amigo, curtindo um dia de "folga" da escola. Ferris inventa que está doente para os pais, e passa o resto do dia festejando. Muita coisa doida acontece no desenrolar do filme, e eu acho que se você nunca curtiu "Curtindo a Vida adoidado", deveria dar uma chance.

"Todo mundo precisa de um dia de folga – Tenha 5 ou 55 anos.
Ferris Bueller é um exemplo para todos aqueles que se levam muito a sério. Ferris sabe o valor de um dia de folga, e como extrair o máximo de qualquer situação.
Seu plano é à prova de patetas. Ele fingirá estar doente (enquanto toda a cidade pensará que está às portas da morte). Ele irá resgatar sua namorada para fora da escola (usando a famosa desculpa do "parente morto"). E juntos irão guiar com estilo por cada atrativo de Chicago (na Ferrari do pai de seu melhor amigo, é claro).
Não será mais um dia de folga em sua vida, será... CURTINDO A VIDA ADOIDADO"
— Todd Strasser, 1987

Só pra dar um gostinho, o começo do filme dublado:

http://www.youtube.com/watch?v=CHyLprzRwtw

Despicable Me (Meu Malvado Favorito), Universal Studios

Olá, pessoal. O post de hoje é especial, pois foi requisitado por alguém especial. Primeiro post à pedidos do blog, que emoção!

(Não fiquem com ciúmes, se quiserem algum filme, é só me pedir via comentário, msn, e-mail, orkut, pombo-correio, whatever, e eu os atenderei.)

Enfim, vamos à sinopse! *Hora da sinopse, que hora mais feliz!*

O protagonista do filme é Gru, um super-vilão. E como todo vilão, Gru tem um arquiinimigo. E para derrotá-lo, tem o brilhante plano de encolher e roubar a lua, se tornando conseqüentemente o super-vilão mais malvado do mundo. *MUAHAHAHAHA*

Só que bem no meio desse plano, três garotinhas aparecem. E ao longo do filme, o coração de Gru vai amolecendo. Nem preciso dizer que é de matar de rir, assistir a esse processo. 

Eu indico para assistir com a família, naquele domingo. Sentem no sofá, se acomodem, comam pipoca, e rachem o bico, porque o filme é muito bom. 

Trailer do filme:

http://www.youtube.com/watch?v=0OTViVgy7N0

The Brave (O bravo), de Johnny Depp

Oi, gente. Parece que minha inspiração voltou, amém! 

Aproveitando a maré boa, resolvi falar sobre um filme que eu adoro, e que - infelizmente - é pouco conhecido. 

"O bravo", de 1997, foi roteirizado e dirigido pelo próprio Johnny Depp, que também é o protagonista. Só Johnny mesmo pra deixar Marlon Brando pra escanteio. 

Enfim, o filme é drama. Logo avisando, para as pessoas que tem preconceito bobo com drama. O filme pode sim ser bom, mesmo sendo dramático. Eu assisto filmes e leio livros para aprender, refletir, mudar meus conceitos...Não simplesmente para me divertir. Por isso minhas dicas de filmes têm sempre algo à mais, além do entretenimento. 

Esclarecimento feito, vamos à sinopse. 

Basicamente, O Bravo conta a história de um índio Cherokee que sacrifica a sua vida para tirar a família da miséria.

Mas não é só isso. Se trata de mostrar até onde você iria por amor à sua família. Até onde vão os limites da coragem, diante da única certeza que temos na vida, a de que vamos morrer. Mostra como uma pessoa que pode ser considerada "cruel e pérfida" para a sociedade pode ainda ser boa e generosa para seus entes queridos. Mostra como o homem ainda pode ser nobre, nesse mundo de merda em que vivemos. 

Faça um favor à si mesmo, e assista. 

Trailer do filme:

http://www.youtube.com/watch?v=LTyvEDXmm90

Dragonheart (Coração de Dragão), de Rob Cohen

Pessoal, desde que Sidney Lumet faleceu, eu tenho lutado para postar aqui e não tenho conseguido. Bom, até hoje. Um amigo me mostrou que não vale a pena ficar sem fazer o que eu mais gosto por luto, e que eu mostraria mais respeito pelo Sidney se seguisse em frente. Eu relutantemente concordei, e cá estou.
Fico muito feliz em falar sobre Coração de Dragão hoje, já que este é meu filme preferido desde os 5 anos. Eu ia na locadora todos os finais de semana com a minha mãe, e locava a mesma fita. O dono da locadora acabou me dando a fita de presente, de tanta insistência minha. Amo esse filme demais.
Talvez sejam os cenários, que me transportam diretamente para a Idade Média. Talvez seja a magia dos dragões, os ensinamentos, a honra acima de tudo. (E eu choro toda vez que assisto, só pra constar.)
Mas vamos à sinopse:
Na Idade Média, durante uma revolta de camponeses, o rei Einon, um terrível tirano, morre em combate. Seu filho Einon, um jovem príncipe, presencia tudo, e é gravemente ferido. A rainha leva o filho ferido para uma caverna, onde habitam dragões. Um dragão o salva, compartilhando metade de seu coração com Einon, depois que este concorda em fazer um juramento, onde promete ser bom e justo. No entanto, Einon se torna um rei mais perverso que o pai, e Bowen, um cavaleiro que acompanhou o salvamento do príncipe e o treinou, acredita que foi o coração do dragão que modificou o jovem. Assim, decide eliminar todos os dragões, mas quando falta apenas um para ser morto, o cavaleiro passa a ter uma visão real dos fatos.
O filme é de 1996, por isso não creio que tenha em todas as locadoras. Mas procure, eu garanto que vale à pena. Encante-se com Coração de Dragão como eu me encantei, se permita.

"Um cavaleiro jura bravura
Seu coração só tem virtudes
Sua espada defende os oprimidos
Seu poder apóia os fracos
Sua palavra só diz a verdade
Sua fúria destrói a maldade." 

 

Trailer do filme:

http://www.youtube.com/watch?v=BSYThEfy9PU

O apagar de uma das mais brilhantes luzes

Na manhã do dia 09 de abril de 2011, uma luz se apagou. A luz de Sidney Lumet, diretor de cinema famoso por sua visceralidade. Sidney dirigiu mais de 50 filmes, entre eles 12 Angry Men (br: Doze Homens e uma Sentença / pt: Doze Homens em Fúria), de 1957, Dog Day Afternoon (br/pt: Um Dia de Cão), de 1975, Network, de 1976, e The Verdict (br: O Veredito / pt: O Veredicto), de 1982, e você com certeza já deve ter ouvido falar dele. Se não, não se considere um bom conhecedor de cinema.

Ele dedicou sua vida ao cinema, ou melhor, à arte de mostrar as mazelas do mundo em tela cheia. Um dos temas mais constantes durante sua carreira foi a atenção dedicada à "fragilidade da justiça e da polícia, e sua corrupção", segundo o crítico David Thomson. Citação essa, que não poderia ser mais verdadeira.

Outra coisa que não posso deixar de comentar sobre Lumet, é que ele nos faz parar para pensar. Realmente pensar, refletir. É raro achar algo verdadeiro e honesto em Hollywood, mas em todos os filmes dirigidos por Sidney cheiram à pura realidade, nua e crua. Um merecido tapa na cara. 

"O objetivo de todos os filmes é entreter, mas o tipo de filme em que eu acredito vai um passo adiante, compele o espectador a examinar uma faceta ou outra de sua própria consciência", disse o próprio diretor em seu livro Fazendo Filmes, editado no Brasil pela Rocco.

Apesar de ter sido indicado 5 vezes ao Oscar, Lumet nunca venceu. Se você me perguntar “por quê?”, eu te diria que ele é simplesmente verdadeiro demais para ser considerado “bom” para Hollywood.

Nunca mais poderei ver a vida, a sociedade, e o ser humano, pela ótica “sem papas na língua” de Sidney Lumet, e isso com certeza é uma pena. Sua morte foi, sem sombra de dúvidas, uma grande perda para o cinema, e para as pessoas em geral. Então, se você ainda não viu nenhum filme deste grande mestre, corra. Ainda dá tempo de mudar sua vida. Vá até a primeira locadora que encontrar e pegue algum filme dele, a lista é vasta.

1957 12 Angry Men (Doze Homens e uma Sentença), 1958 Stage Struck (Quando o Espetáculo Termina),1959 That Kind of Woman (Mulher daquela Espéci), 1959 The Fugitive Kind (Vidas em Fuga), 1961 A View from the Bridge (Panorama Visto da Ponte),1962 Long Day's Journey Into Night (Longa Jornada Noite Adentro), 1964 The Pawnbroker (O Homem do Prego),1964 Fail-Safe (Limite de Segurança),1965 The Hill (A Colina dos Homens Perdidos), 1966 The Group (O Grupo),1967 The Deadly Affair (Chamada para um Morto),1968 Bye Bye Braverman (Grotesca Despedida), 1968 The Sea Gull (A Gaivota),1969 The Appointment (O Encontro),1970, 1970 Last of the Mobile Hot Shots, 1971 The Anderson Tapes (O Golpe de John Anderson),1972 Child's Play, 1972 The Offence (Até os Deuses Erram), 1973 Serpico, 1974 Lovin' Molly,1974 Murder on the Orient Express (Assassinato no Orient Express),1975 Dog Day Afternoon (Um Dia de Cão), 1976 Network (Rede de Intrigas), 1977 Equus, 1978 The Wiz (O Mágico Inesquecível, 1980 Just Tell Me What You Want, 1981 Prince of the City (O Príncipe da Cidade), 1982 Deathtrap (Armadilha Mortal), 1982 The Verdict (O Veredito),1983 Daniel, 1984 Garbo Talks, 1986 Power (Os Donos do Poder), 1986 The Morning After (A Manhã Seguinte),1988 Running on Empty (O Peso de um Passado), 1989 Family Business (Negócios de Família), 1990 Q & A - Sem Lei, Sem Justiça,1992 A Stranger Among Us (Uma Estranha entre Nós), 1993 Guilty as Sin (Culpado como o Pecado), 1997 Night Falls on Manhattan (Sombras da Lei), 1997 Critical Care (O Impaciente),1999 Gloria (Gloria - A Mulher), 2004 Strip Search, 2006 Find Me Guilty (Sob Suspeita), 2007 Before the Devil Knows You're Dead (Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto).

Faça a sua escolha, e seja feliz. Digo com toda a certeza que há em mim, que não vai se arrepender.

Descanse em paz, Sidney. Sentiremos sua falta.

The Firm (A firma), de Sydney Pollack

Olá mais uma vez, caros amigos cinéfilos. A dica de hoje é o filme "A Firma", de Sydney Pollack (um dos meus diretores favoritos, prontofalei), estrelando Tom Cruise. 
O filme é baseado no livro de mesmo nome, do autor John Grisham. Eu li o livro, e particularmente achei o roteiro bem fiel. Indico aos que ainda não leram o livro, que vejam o filme primeiro. Porque a graça do filme - e do livro - é a surpresa, o suspense, a angústia de saber o que vai acontecer. Então, amigos, vejam o filme primeiro, e leiam depois. Acreditem, eu fiz o contrário e me arrependi.

Muito bem,  Mitch McDeere é um advogado recém-formado que recebe uma proposta milionária para trabalhar em uma firma de advocacia. A medida que o tempo vai passando, ele percebe que a empresa, na verdade, serve de fachada para lavar dinheiro da máfia, e que todos os advogados que saíram, ou tentaram sair da firma, morreram de forma misteriosa. Daí em diante, Mitch - de uma forma surpreendentemente inteligente - luta para disfarçar o que descobriu, e consequentemente continuar vivo, e tentar não ser pego pelo FBI, que está na cola "da Firma" há muito tempo. 

É emocionante, envolvente, te faz roer as unhas de tanto nervoso. Faça um favor a si mesmo, vá até a locadora e pegue este filme, ou baixe. Garanto que vocês não vão se arrepender.

Trailer do filme em inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=zMmE8RLieiA&feature=related

(Desculpem, não achei legendado)

A Clockwork Orange (Laranja Mecânica), de Stanley Kubrick

Meus caros "druguis", o filme de hoje é Laranja Mecânica. À primeira vista, o filme parece muito doido e violento. Mas não é, acreditem. É a pura realidade. E olhe que o filme foi feito nos anos 70.
É impressionante - e assustador - como uma temática como a que é explorada no filme se aproxima da realidade vivida pelo Brasil, e por tantos outros países agora.
O foco do filme é em Alex, o líder de uma gangue com mais 4 integrantes. Alex e seus "druguis", ou amigos, saem para beber leite (ou moloko, na linguagem "nadsat"), mas o leite não é puro - é aditivado com estimulantes e psicotrópicos. Óbvio que eles ficavam mucho locos e saíam pela rua espancando velhinhos, estuprando mulheres, enfim...Exercitando a velha "ultra-violence".
 Não vou ficar detalhando as cenas, pois meu objetivo é de quem não tenha visto ainda o filme, vá correndo até a primeira locadora para ver, ou baixe e assista.
Laranja Mecânica se trata dos mecanismos de controle do Estado sobre nós, pobres mortais. Eu indico à qualquer um que precise de uma boa dose de realidade.

Trailer do filme:

http://www.youtube.com/watch?v=tw8VWxVPFgU&feature=related

Twelve Angry Men (12 homens e uma sentença), de Sidney Lumet

Olá de novo, amiguinhos cinéfilos. Hoje trago um desafio para vocês. 

Primeiro, porque o filme é velho. Velho mesmo, é de 1957, e obviamente - devido à época em que foi feito - é em preto e branco.  Segundo porque o filme inteiro se passa basicamente dentro de uma sala. Mas calma, é aí que está a magia da coisa. 

No filme "12 homens e uma sentença", 12 jurados têm que dar um veredicto unânime sobre um caso de homicídio, um filho que teria matado o próprio pai à facadas. Isso quer dizer que a decisão dos jurados têm que ser 100% para "culpado", ou 100% para "inocente". Enquanto tiver alguém em dúvida, o júri não pode sair da sala. Pois então, logo no começo os 12 homens fazem uma votação inicial para ver o que cada um achava do caso. 11 deles votam para "culpado", e apenas um (Henry Fonda) para "inocente". Durante o resto do filme, Henry tenta provar por A+B que o suposto acusado pode sim ser inocente, e assim convencer seus colegas de júri a mudarem seus votos. Naquela época, o preconceito sobre quem era processado ainda reinava. Se você estava em um processo, necessariamente era culpado. Isso na mente primitiva das pessoas. Num júri, como vocês devem saber, existe gente de todo tipo. Comerciantes, arquitetos, etc. O que quer dizer que ninguém ali era especialista em direito. A maioria dos homens queria terminar logo com aquilo e ir para casa, e por isso a má-vontade na hora de apurar as evidências. Era mais prático simplesmente colocar o acusado na cadeia, do que ter que passar um dia inteiro no tribunal. Mas não para Henry Fonda, para ele era mais importante não mandar um homem que poderia ser inocente para a cadeira elétrica. 

Não vou contar o final para não estragar a surpresa, mas garanto a vocês que o filme não fica monótono em momento algum, apesar de parecer o contrário. O filme já foi refilmado umas duas vezes, mas eu indico a versão mais antiga, a de 1957. Henry está simplesmente brilhante. 

Espero que vocês gostem do filme tanto quanto eu, porque foi com ele que aprendi a não julgar as pessoas e as coisas pelo que parecem ser, e superar o preconceito e a má-vontade na hora de analisar os fatos. A verdade muitas vezes nos pega de surpresa. 

Consegui o filme legendado no youtube, na sua versão original e vou disponibilizar o link aqui para quem quiser assistir. Bom filme!

Filme legendado completo:

http://www.youtube.com/watch?v=K6B_H2ngnwY

Trailer do filme em inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=A7CBKT0PWFA

Black Swan (Cisne Negro), de Darren Aronofsky.

Olá, amigos cinéfilos. Perdão pela demora do post, meu infame teclado quebrou e só agora tive tempo para comprar outro. 

Mas vamos ao que interessa: Em primeiro lugar, quero tranquilizar os que ainda não assistiram ao filme. Eu não vou citar cenas detalhadamente, e se por acaso soltar algum spoiler, vai ser bem de levinho. Em segundo lugar, preciso dizer que sim, eu assisti. E que não gostei, mas como disse no post inaugural, isso não interessa. Mesmo assim eu vou indicar. 

À primeira vista, Cisne Negro me pareceu um daqueles filmes sem-pé-nem-cabeça que deixam a gente bastante frustrado. Mas depois de pensar melhor, vi que o filme apenas retrata a mente humana em sua forma mais natural. E é tão bem retratada, que me causou estranheza. Porque a mente humana é individual, "cada cabeça é um mundo", e Cisne Negro se passa todo na mente de Nina Sayers, a protagonista.

Muito bem, Nina, é uma bailarina profissional, e o sonho de sua vida (como de toda bailarina) é ter um papel principal no balé onde dança. E ela consegue alcançar esse sonho, é escolhida para ser a Rainha dos Cisnes, no balé "O lago dos Cisnes", de Tchaicovsky. O problema é que, além de ser o Cisne Branco, Nina também tem que interpretar o Cisne Negro, que logicamente é o total oposto do Branco. O Cisne Negro é sensual, despreocupado, e Nina não é nada disso. 

É aí que todo o drama começa. O filme retrata a luta de uma garota obsessiva para alcançar a perfeição. Ela encara o desafio que o Cisne Negro representa, e como um amigo meu disse "teve que reconstruir sua personalidade, e isso mexe com qualquer um". Nina se esforça tanto para ser perfeita que começa a ter alucinações, mania de perseguição, e começa a perder a noção da realidade. A mensagem do filme é clara: A única pessoa atrapalhando seu caminho, é você mesmo. E Nina luta durante todo o filme para vencer a si mesma. 

Se você está esperando bailarinas sorridentes e saltitantes, nem gaste seu dinheiro. O filme é forte, dramático e não corresponderá às suas expectativas. 

Mas, verdade seja dita, Natalie Portman esteve perfeita. Perfeita é o único adjetivo que se encaixa aqui. Tanto que ela ganhou o Oscar de melhor atriz, muuuito merecido. 

Em resumo, apesar de eu não ter gostado, indico. Retrata muito bem como funciona a mente humana diante de um verdadeiro desafio. 

Espero que eu não os tenha decepcionado em meu primeiro post oficial, e um beijo. 

Trailer do filme:

http://www.youtube.com/watch?v=wHhjsGjxHvk&feature=related

Post inaugural

Bem-vindos, cinéfilos de todo o mundo! Finalmente eu, Priscila Moraes (também dona do blog Kiss My Ass!), criei coragem para criar este blog.

Todo mundo que me conhece sabe que eu sou louca por cinema. E quem não é? Sério, como não amar o cinema?
 O borborinho das pessoas cochichando seus segredos antes da sessão começar, aquele cheiro de pipoca que nos invade as narinas sem pedir permissão, a expectativa de que algo maravilhoso está prestes a acontecer, o milagre da modernidade diante dos seus olhos.
 E então a sessão começa, e o borborinho antes tão querido começa a incomodar, e você sussurra "shhh!". Você entra em um Universo Paralelo, vive uma realidade diferente à cada filme. Você chora, e ri, e ri, e chora. Você odeia, ama, se emociona, permite-se ser tocado pela magia daquele momento, quando você se conecta ao filme de uma maneira tão singular, tão particular. O cinema é tudo de bom, é o ar que eu respiro. Literalmente, me mantém viva.
 Eu costumo pensar que cada pessoa tem sua imagem ideal de como seria o paraíso, depois que a gente morre. Para mim ele é uma sala de cinema, onde você revive todos os bons momentos com as pessoas que você ama.
 Na minha vida, já assisti tantos filmes que me é impossível contar. Mas como Shakespeare diz, "só os mendigos são capazes de contar o que possuem", peço que me perdoem por esse ato tão humano. Se eu já assisti tantos que não posso contar, quer dizer que eu já vi muuuito filme na vida. E põe muito nisso.
De tanto assistir os filmes, comecei a perceber os padrões. Os padrões de cada diretor, de cada tipo específico de filme, se é terror ou ação, ou romance até. Percebi também que não é todo mundo que compartilha essa minha paixão por cinema, e esse foi um dos motivos que me encorajaram à criar o blog (mais um pra tomar conta!). Acredito que o cinema deveria ser uma paixão de todos, e por isso pretendo postar indicações, e críticas sobre filmes que já assisti, tenha eu gostado ou não.

Sei que não sou a pessoa mais importante do mundo, e que provavelmente meu blog não será lido por muita gente, mas quanto mais pessoas eu puder tocar, melhor.
No próximo post já começo a criticar e indicar, e será sobre "Cisne Negro", o novo filme de Natalie Portman.